segunda-feira, 19 de julho de 2010

O Amor é meu!

Amor: sentimento abstrato que sem contrato dou para você.
Apesar de meu faço dele seu.
Doar, mesmo sem querer, sem ter nada em troca, na verdade quero uma troca.
Te dou meu amor e quero felicidade, alegria e sorriso.
Meu pagamento tem sido lágrimas, insegurança e vazio.
Como tomar o caminho de volta?
Como fazer que este sentimento vasto preencha os vazios que estão no meu coração?
Como fazer deste amor tão meu minha felicidade? Minha sobriedade? Minha saciedade?
Quero amar! E amo muito, mas não tem bastado a mim... Como basta a outro?
Preciso descobrir o caminho do meu amor, para me amar e assim me fazer amar.

segunda-feira, 30 de novembro de 2009

Bailarina solitária

Queria sofrer tudo de uma única vez.
Chorar um oceano de lágrimas uma única vez.
Sangrar até secar uma única vez.

E assim ressurgir e ganhar vida e alegria.
Após as lágrimas surgir o arco-íris da felicidade.
Secar e florescer como as plantas na primavera após o inverno rigoroso.

E assim me livrar desse peso invisível.
Dessa dor silenciosa, cercada por sorrisos vazios.
Lágrimas que não saem pelos olhos, mas sinto correr por todo o meu corpo como um veneno entranhado em meu sangue.

Aos que me olham pensam e dizem que menina forte! Que menina feliz! Mas mal sabem eles da verdade... Que menina triste! Que menina boba e infeliz!
Que só aprende a brincar quando perde o brinquedo.
Que só quer dançar quando já acabou a música e a pista está vazia e restou somente ela sem par.

segunda-feira, 24 de agosto de 2009

Preço

Mulher, qual o seu preço?
Quanto vale o seu amor?
Quanto vale o seu calor?
Quanto vale o seu ardor?

Mulher, qual o seu preço?
Quanto vale o seu sorriso?
Quanto vale o seu sexo?
Quanto valeu o seu colo?

Mulher, qual o seu preço?
Quanto vale sua decência?
Quanto vale a sua crença?
Quanto vale a sua carência?

Vale a minha liberdade?
Vale minha obstinação?
Vale minha vida?
Será que vale a pena?
Afinal mulher, qual o teu preço?

terça-feira, 11 de agosto de 2009

Corpo.

Lágrimas correm incessantemente, discretas e dolorosas.
Minha alma, maior que este corpo.
Tenta se libertar, aperta, empurra, pressiona mas não há passagem.
O corpo é cego, surdo e mudo.
Nada fala, nada ouve e nada vê.
Apenas lágrimas é o meu sangue, alimento e ar.
Minha alma está presa, refém deste corpo.
Onde jaz meu coração e minhas melhores e piores lembranças.
Uma alma livre sem corpo existe?
Um corpo morto e desalmado resiste?
Qual o fim me espera?
Apenas lágrimas, lágrimas e lágrimas...

terça-feira, 4 de agosto de 2009

Cachaça, a nossa paixão

Cachaça, nada mais que uma cachaça.
Paixão, assim como uma cachaça começa esquentando todo o corpo.
Trazendo alegria e irreverência a vida.
Torna as bochechas rubras, o corpo suado e leve.
Torna a vida mais emocionante e bonita.
Aumenta a adrenalina, dando mais emoção e diminuindo o medo.
Paixão, assim como cachaça quando não sabemos em que dose certa parar, traz dor de cabeça. No dia seguinte um gosto de fel na boca e uma baita dor de cabeça.
A certeza da vergonha pelos excessos cometidos e até o extremo do ridículo.
Paixão diferente da cachaça, não há remédio que cure as suas marcas.

segunda-feira, 6 de julho de 2009

O Nosso Amor a Gente Inventa

O Nosso Amor a Gente Inventa

(Estória Romântica)

Cazuza

Composição: Cazuza / João Rebouças / Rogério Meanda

O teu amor é uma mentira
Que a minha vaidade quer
E o meu, poesia de cego
Você não pode ver

Não pode ver que no meu mundo
Um troço qualquer morreu
Num corte lento e profundo
Entre você e eu

O nosso amor a gente inventa
Pra se distrair
E quando acaba a gente pensa
Que ele nunca existiu

O nosso amor
A gente inventa
Inventa
O nosso amor
A gente inventa

Te ver não é mais tão bacana
Quanto a semana passada
Você nem arrumou a cama
Parece que fugiu de casa

Mas ficou tudo fora de lugar
Café sem açúcar, dança sem par
Você podia ao menos me contar
Uma história romântica

O nosso amor a gente inventa
Pra se distrair
E quando acaba a gente pensa
Que ele nunca existiu

O nosso amor
A gente inventa
Inventa
O nosso amor
A gente inventa

terça-feira, 23 de junho de 2009

Sonhos reais


Cabeça encostada no peito dele, proteção.
Transpassa os braços na cintura dela, tesão.
Se olham, se tocam e não acreditam que realmente esteja acontecendo.
Uma única noite para eles é possível.
O luar ilumina o ambiente.
A respiração musicaliza o momento.
Os beijos alimentam os corpos sedentos um do outro.
Dos seus corpos exala o perfume que vem da alma.
Tudo é possível...
Então ela acorda e descobre que foi mais um sonho.
Novamente, ele a visita no único lugar possível a eles, em sonho.